Então, vou começar com as velhas desculpas, de falta de tempo, criatividade, além dos inúmeros complexos de inferioridade no que escrevo... Assim é bem mais fácil não preciso ficar enrolando, então nem vou me desculpar muito. Bom, estou com uma gripe federal desde ontem, ou seja, não consegui desempenhar minhas devidas funções, o máximo que consegui foi escrever isso e digitar o que já estava escrito.
Estive lendo as coisas que já escrevi, e com uma visão bem diferente da época, vejo que tem muita coisa que não escreveria mais e outras que eu mudaria sem nem pestanejar, entretanto, ainda não chegou a hora de escrever, MAS, para não abandonar, vou realmente fazer algo que já avisei que faria.
Sim, lhes apresentarei meu diário de viagem, tem pouco de pessoal, mas quem sabe não consiga fazê-los viajarem, pelo menos em meus pensamentos, bom isso soa a clichê, mesmo assim vou tentar. Quando os dias forem curtos os multiplicarei, quando necessário interferirei, enfim, divirta-se em minha infância descritiva.
*Nesta história há duas Ingrid's, eu e minha prima, não se confunda, mas acho que será possível perceber a diferença.
**Lembre-se eu sou uma pessoa muito empolgada, e essa era a viagem que eu sonhava desde sempre, os mínimos eventos terão alta relevância para esta criança
24/12/2008
Porto Alegre (13hrs) ---> São Paulo (14h22min)
O vôo foi bem, ahn, bonito, digamos assim, sentei na janela (8F), tudo ocorreu bem. Ao chegar em Guarulhos fiz o check-in e agora estou no pseudo hotel, que por sinal é ótimo!
Saí de São Paulo mais ou menos no horário (20h). A comida do avião não era muito boa, mas isso era o de menos... Meia noite ninguém comemorou o Natal, mas isso também era o de menos, inclusive já tinhamos comemorado (em casa).
25/12/2008
Fiquei toda torta na poltrona para ver se conseguia dormir, mas não, não deu certo, mudando de estratégia, me deitei no chão, e adivinha?! Não adiantou também, era muito frio. Acabei simplesmente ficando a maior parte do tempo "ociosa" (os livros não me adiantaram naquele momento). Nessa desistência de dormir, dei de presente de natal, a minha vizinha de poltrona, o "direito" de deitar em todas as poltronas, tipo uma cama dai, ela ficou feliz, eu acho. A minha volta só haviam asiáticos, mais ao fundo havia brasileiras, mas estas não eram interessantes. Das "aeromoças" (isso incluí moços), nenhuma falava português, só inglês ou alemão ou outras mais estranhas, e nesse momento um agradecimento especial a quem me pagou um cursinho de inglês, fez-se útil.
Quando o dia começou a amanhecer fiquei mais animada, ofereceram café, mas preferi recusar, os bebês pararam de chorar, mesmo assim não dormi. Começou a passar "The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor", mas tinha muito barulho, e pela dificuldade em ouvir desisti de assistir. Quando pude olhar novamente na janela, o vidro estava congelado, lindo, também haviam alguns picos de montanha visível, acima das nuvens (com gelo, eeee!). Estavamos perto, e eu cada vez mais enjoada, mas logo cheguei a Frankfurt.
No desembarque fui recepcionada por um pastor alemão, que parecia mais um urso, sério ele era grande, bem grande. Depois só fui seguindo as plaquinhas (bagage), até que acabei pedindo uma informação, afinal eram muitas plaquinhas (vai que eu estivesse andando em círculos). Não fui a única a pensar isso, um francês foi perguntar a mesma coisa, mas o caminho era aquele mesmo.
Recebi meu primeiro carimbo no passaporte!!
Fiquei esperando muito tempo as malas, não chegavam nunca, dali a pouco ouço "Ingrid Schmitz...information..." foi só o que eu entendi pelo menos, mas continuei ali, esperando as malas, se os kgs de rapadura e cocada, ou os litros de guaraná não chegassem a Ingrid, ela me matava... Quando finalmente peguei minhas malas, mais portinhas me aguardavam, na verdade foi uma só e dei de cara com a Ingrid e a Sissi, que alivio, deu tudo certo. Conheço o Jô e a Luíza, tudo estava certo.
No caminho para Karlsbad, o Jô me dizia o que tinha em cada lugar que passávamos, como a base aérea norte-americana, Hockenheim (a cidade da fórmula 1), ... Chegamos a casa da Ingrid, não era tão frio quanto eu imaginei que seria, fui pro banho e depois "almoçamos", tudo estava ótimo.
Luíza quis brincar comigo, ela tem 5 anos, até brinquei um pouco, mas logo desabei, dormi, mas ela continuou brincando comigo, ou melhor com meus cabelos, só descobri isso no outro dia.
Espero que gostem, ou que ao menos os distraía.